Ostras, imagem divulgação. |
A Secretaria de Estado da
Agricultura e da Pesca informa a interdição preventiva das áreas de cultivo de
ostras, mexilhões, vieiras e berbigões em Santa Catarina, proibindo a retirada,
comercialização e consumo desses animais e seus produtos devido à presença de
toxinas que podem causar intoxicação alimentar. Exames laboratoriais realizados
pelo Laboratório Laqua-Itajaí/IFSC detectaram a presença da toxina diarreica
(DSP) em cultivos da localidade de Caieira da Barra do Sul (Florianópolis), e
também detectaram alta contagem de algas produtoras de toxinas em localidades
de produção de moluscos da Enseada do Brito (Palhoça), Ganchos de Fora
(Governador Celso Ramos) e Laranjeiras (Balneário Camboriú).
A interdição de todo o litoral
catarinense acontece para preservar a saúde pública, já que existe a
possibilidade de a contaminação dos moluscos bivalves estar ocorrendo de forma
generalizada. A toxina diarreica é produzida por algumas espécies de microalgas
que vivem na água, chamadas de Dynophysis, e quando acumuladas por organismos
filtradores, como ostras e mexilhões, podem causar um quadro de intoxicação nos
consumidores. A presença de Dynophysis é conhecida em Santa Catarina e por isso
os níveis da toxina são regularmente monitorados pela Companhia Integrada de
Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) no litoral. Os últimos
episódios de excesso de DSP no estado aconteceram em 2014, 2008 e 2007.
Novas coletas de ostras e
mexilhões serão realizadas para monitoramento das áreas de produção e os
resultados dessas análises definirão a liberação ou manutenção da interdição
das áreas afetadas. A expectativa é de que as toxinas produzidas pelas algas
desapareçam em alguns dias, não gerando prejuízos financeiros para os
maricultores porque a produção permanecerá na área de cultivo.
As instituições públicas
responsáveis pela fiscalização sanitária do comércio, inspeção de produtos de
origem animal, pesquisa e extensão e diagnóstico foram comunicados para que
tomem as providências pertinentes às suas áreas de atuação.
Os sintomas causados pela DSP
são diarreia, náuseas, vômitos e dores abdominais e se manifestam em poucas
horas após a ingestão de moluscos contaminados. A recuperação do paciente se dá
entre dois e três dias, independente de tratamento médico.
Fonte: Secretaria de Estado da
Agricultura e da Pesca/SC
0 Comentários