O ex-deputado federal e
ex-secretário do Trabalho do DF, Wigberto Tartuce, mais conhecido como Vigão,
teve os bens penhorados pela 18ª Vara de Justiça do Distrito Federal. A
Advocacia Geral da União (AGU), que impetrou a ação na justiça do DF, acusou o
ex-deputado de passar seus bens para parentes a fim de dificultar o retorno aos
cofres públicos de dinheiro desviado.
A Justiça entendeu que Tartuce
tentou fraudar a execução do processo de devolução de montante público
desviado, passando seus bens para o nome de laranjas e com isso, não restou
nenhum patrimônio para pagar as dívidas com a justiça.
Entre os anos de 1999 e 2000,
Wigberto Tartuce foi secretário do Trabalho do Distrito Federal, no governo
Joaquim Roriz, e nesse período, o ex-deputado foi condenado pelo Tribunal de
Contas da União (TCU) pelo desvio de R$ 29 milhões do Fundo de Amparo ao
Trabalhador (FAT).
Desde então, a AGU descobriu
que o ex-deputado transferiu seus bens a parentes e às empresas do Grupo
Tartuce. Em 2006, Tartuce concorreu como deputado distrital e declarou ao
Tribunal Superior Eleitoral possuir mais de R$ 33 milhões em imóveis, carros e
outras aplicações. Essa declaração foi a principal prova usada pelo órgão para
justificar penhora dos bens que hoje estão em nome de parentes e empresas
ligadas ao Grupo Tartuce.
Além de uma mansão no Lago
Sul, bairro nobre de Brasília, avaliada em mais de R$ 5,4 milhões e carros de
luxo, as rádios Atividade FM e Jovem Pan FM Brasília, que pertencem ao Grupo
Tartuce também fazem parte da lista de bens penhorados pela justiça.
Wigberto Tartuce foi procurado
por vários veículos de imprensa, mas não quis comentar a decisão da justiça.
Ele promete entrar com recurso contra a decisão.
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