O prefeito de São Paulo,
Fernando Haddad, e o governador do estado, Geraldo Alckmin, anunciaram hoje (19/06)
a revogação do aumento das tarifas do transporte público. Com isso o valor
passa de R$ 3,20 para R$ 3. A decisão vale para ônibus que circulam dentro do
município, trens e metrô.
“Nós vamos ter de cortar
investimentos porque as empresas não tem como arcar”, disse o governador,
ressaltando que o governo dará prioridade máxima à questão do transporte
público. O prefeito da cidade acrescentou que a população será informada sobre
os impactos da redução. “Nós vamos ter de explicar esse gasto para a população
da cidade”.
Apesar de a revogação já estar
valendo, há a necessidade de um período de até cinco dias para que os leitores
de passagem sejam ajustados. O anúncio ocorre um dia após a sexta manifestação
em São Paulo contra o aumento das tarifas. O ato reuniu milhares de pessoas e
concentrou-se em frente ao prédio da prefeitura e na avenida paulista. Alguns
dos presentes na manifestação tentaram invadir, sem sucesso a prefeitura,
depredaram o prédio e entraram em conflito com a polícia.
“A revogação nos pegou de
surpresa. Estamos tentando nos reunir agora. Não sabemos se vamos fazer um
protesto ou uma festa amanhã, mas manifestação vai ter”, disse Mateus Preis, um
dos membros do Movimento Passe Livre (MPL). O movimento havia programado um ato
para ocorrer na Avenida Paulista, no final da tarde de amanhã.
Em sua última nota, o
movimento, que encabeçou as manifestações em São Paulo, comemorou nas redes
sociais. “Primeira vitória, teremos muito mais. Após sete dias de protestos, o
governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o prefeito, Fernando Haddad,
anunciam por volta das 18h10 a revogação do reajuste de R$ 0,20, voltando o
valor da tarifa do transporte público de São Paulo para R$ 3”.
Antes, o Movimento Passe
Livre, disse que o governo do estado se calou e desapareceu do debate público,
“se negando dialogar e criando uma ideia que essa é uma questão única de
segurança pública”.
Segundo o movimento, a
prefeitura tentou iludir o povo nas ruas, criando a falsa ideia de que, para
revogar o aumento, teria que retirar dinheiro da educação, saúde e de outras
áreas sociais. “Isso não é verdade, até porque as verbas para setores como
educação e saúde estão vinculadas e não podem ser transferidas”, disse em nota.
No dia 18, o prefeito Fernando
Haddad disse que a revogação do aumento das tarifas do transporte público
paulistano causaria um impacto muito grande nas contas do município e tiraria
recursos de áreas vitais como saúde e educação durante reunião do Conselho da
Cidade com líderes do Movimento Passe Livre e com conselheiros. O
governador Geraldo Alckmin declarou, na semana passada, que as tarifas não
seriam reduzidas.
Com informações da Agência
Brasil
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