Em oito anos, o Brasil quer
ser o quinto maior mercado consumidor e produtor em audiovisual no mundo.
Atualmente, está na décima posição. Para isso, precisa dobrar o número de salas
de cinema, triplicar a quantidade de canais de TV por assinatura dedicados à
produção nacional, veicular mais longa-metragens na TV aberta e ampliar a
participação das distribuidoras nacionais de cinema e de produtoras
independentes.
As metas foram estabelecidas
pela Agência Nacional de Cinema (Ancine) e estão descritas no Plano de
Diretrizes e Metas para o Audiovisual (PDM), em consultapública no site da agência.
“Esta é a primeira vez que o
país tem um plano de longo prazo sobre a economia do audiovisual”, salienta
Manoel Rangel, diretor-presidente da Ancine. Segundo ele, o crescimento da
produção nacional, o estabelecimento de leis e normas para regulação e o
funcionamento de instituições como a Ancine favorecem a elaboração de um plano
de longo prazo. “Estamos em condição de visualizar o futuro. Há ambiente para
planejamento de longo prazo”, disse à Agência Brasil.
De acordo com Rangel, o plano
servirá para “orientar a ação do Poder Público” e também dará balizamento para
o mercado. “Teremos um pacto setorial”, prevê Rangel. De acordo com ele, o
plano é flexível e permite adequações ao longo do tempo, em compasso com o
monitoramento (são descritas metas para 2015 e para 2020).
Conforme descrito no
documento, em 2020, o Brasil terá 4,5 mil salas de cinema (em 2010, tinha
2.206), todas com projeção digital. A meta é que 220 milhões de espectadores
irão por ano ver a telona. A renda bruta de bilheteria total será R$ 3,32
bilhões (duas vezes e meia acima da verificada há dois anos).
Além do aumento do acesso ao
cinema, a Ancine quer maior consumo de produções nacionais. A meta é que o
filme brasileiro fique com um terço da receita da bilheteria das salas
comerciais em 2020 (em 2010, a participação foi inferior a 18%), o que
equivalerá a R$ 970 milhões.
Para tanto, prevê a ampliação
de um para oito o número de empresas brasileiras entre as grandes exibidoras
(com mais de 100 salas de cinema no país) e que as distribuidoras de capital
nacional sejam as fornecedoras dos filmes que rendam a metade dos bilhetes
vendidos (hoje o percentual é 29%). Em 2020, a projeção é que, anualmente, os
filmes brasileiros ocupem 13 mil salas na estreia e a quantidade de
longa-metragem distribuído por empresas nacionais passe dos atuais 64 filmes
para 130 filmes a cada ano.
Manoel Rangel garante que a
meta de aumentar a presença das exibidoras e distribuidoras nacionais não é uma
“pegada nacionalisteira”, mas estratégica. “As distribuidoras se empenham por
suas produções. É uma questão econômica sob ótica da hiper concentração
econômica”, explica.
O plano também prevê crescimento dos canais brasileiros de TV por assinatura, passando de 16 para 50. E a partir de 2020, haja a compra de 5,6 mil vídeos por demanda (encomendados). Nesses canais, o plano prevê a exibição de 2.079 filmes por ano. Na TV aberta, a meta é que o número de longas-metragens brasileiros passe de 233 para 450 nas grandes redes.
O plano também prevê crescimento dos canais brasileiros de TV por assinatura, passando de 16 para 50. E a partir de 2020, haja a compra de 5,6 mil vídeos por demanda (encomendados). Nesses canais, o plano prevê a exibição de 2.079 filmes por ano. Na TV aberta, a meta é que o número de longas-metragens brasileiros passe de 233 para 450 nas grandes redes.
Para a Ancine, as metas têm
sustentação no desempenho que o setor já apresenta – acima do crescimento do
Produto Interno Bruto (PIB). Segundo Rangel, o mercado das salas de cinema e
das TVs por assinatura cresceram no ano passado 8% e 13%, respectivamente.
Com informações da ABR para o
site Redecol Brasil
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