Se prepare porque a partir de
amanhã (18/09), os bancários de todo o país entram em greve por tempo
indeterminado. A paralisação inclui tanto bancos públicos quanto privados,
segundo informou Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato dos Bancários de São
Paulo, Osasco e Região.
Com isso, clientes de bancos que pretendem ir a uma
agência bancária amanhã poderão encontrar funcionando apenas os caixas
eletrônicos, embora Juvandia admita que, em geral, no primeiro dia de greve, a
adesão dos trabalhadores ainda não seja muito grande.
“A greve começa amanhã nos
principais corredores [locais com grande concentração de bancos, tais como o
centro de São Paulo e a Avenida Paulista] e depois vai atingindo e ampliando
para um maior número de agências e também pegando as concentrações bancárias”,
disse Juvandia, em entrevista coletiva realizada na tarde de hoje (17/09), em
São Paulo. “Os caixas eletrônicos vão funcionar. O cliente que for à agência
vai ter o caixa eletrônico disponível. Mas não vai ter atendimento ao público”.
Segundo Juvandia, desde o dia
1º de agosto, quando a pauta de reivindicações foi entregue, ocorreram nove
rodadas de negociação, sem que tivesse sido estabelecido um acordo com a
Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). Os bancários reivindicam reajuste
salarial de 10,25%, com 5% de aumento real, além de plano de cargos, carreira e
salários, maior participação nos lucros e resultados (PLR) e mais segurança nas
agências. A proposta oferecida pela Fenaban foi 6% de reajuste salarial.
A federação tinha prazo até
hoje (17/09) para apresentar uma nova proposta, o que, até o momento, não foi
feito. Na noite de hoje (17/09), bancários de São Paulo vão participar de uma
assembleia. Na quinta-feira (20/09), o sindicato pretende mobilizar bancários
em greve a participarem de um ato na Avenida Paulista, em São Paulo, a partir
das 10h. Também devem participar do ato trabalhadores petroleiros e
metalúrgicos, cuja data-base também está marcada para o segundo semestre.
Há quase 500 mil bancários em
todo o Brasil, sendo 138 mil na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo,
Osasco e Região. A expectativa do sindicato é que a greve desse ano possa
mobilizar mais do que os 42 mil bancários que entraram em greve no ano passado
em São Paulo e na região metropolitana. “Os bancos não deram alternativa para a
categoria que não fosse fazer a greve", disse Juvandia.
Procurada pela Agência
Brasil, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) ainda não se pronunciou
sobre a greve, mas alertou a população de que muitas das operações bancárias
poderão ser realizadas por meio dos caixas eletrônicos, internet banking,
telefone e correspondentes bancários, tais como casas lotéricas, agências dos
Correios e outros estabelecimentos credenciados. Ano passado, a greve da
categoria durou 21 dias.
Com informações da AGBR para o
site Redecol Brasil
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