Foto: ABr |
Prestes a ter seu processo de
cassação julgado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o senador
Demóstenes Torres (sem partido-GO) ocupou hoje (02/07) a tribuna do Senado para
pedir perdão a cada um dos senadores.
Ele citou nominalmente boa parte deles, na tentativa de evitar a cassação no julgamento marcado para o próximo dia 11 e prometeu voltar a discursar várias vezes até lá. “Tenham a certeza, sou inocente. Obrigado, senhor presidente, amanhã estarei aqui de novo”, disse Demóstenes.
Ele citou nominalmente boa parte deles, na tentativa de evitar a cassação no julgamento marcado para o próximo dia 11 e prometeu voltar a discursar várias vezes até lá. “Tenham a certeza, sou inocente. Obrigado, senhor presidente, amanhã estarei aqui de novo”, disse Demóstenes.
Ponto a ponto, Demóstenes
tentou explicar o parecer do Conselho de Ética do Senado que pediu a cassação
de seu mandato. Ele se disse vítima de um processo de difamação ocasionado pelo
vazamento de conversas gravadas pela Polícia Federal, durante as operações
Vegas e Monte Carlo. “Nada fiz para merecer a desconstrução de minha honra”,
disse o senador.
“Em virtude desses diálogos
divulgados a conta-gotas, fui delineado como o vilão que tanto combati. Estou
aqui de consciência tranquila, lutando pelo meu mandato. A todos reafirmo a
minha inocência”, destacou. O pedido de cassação do mandato de Demóstenes foi
aprovado há 15 dias, por unanimidade, no Conselho de Ética do Senado. O
processo está na CCJ do Senado e já teve parecer favorável à constitucionalidade,
emitido pelo relator, Pedro Taques (PDT-MT). O julgamento de Demóstenes na
comissão está marcado para quinta-feira (4) e no dia 11 será julgado no
plenário.
Demóstenes tratou de rebater
as acusações constantes na representação e disse que era amigo do empresário
goiano Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, suspeito de
operar um esquema de jogos ilegais e tráfico de influência que contava com a
participação de políticos e empresários.
Apesar de admitir a amizade,
Demóstenes negou ter colocado seu mandato a serviço do esquema atribuído a
Cachoeira. “Nunca tive negócios legais ou ilegais com ele. Não tive sociedade
ou participação em delitos investigados pelas operações Veja e Monte Carlo.
Não, eu não coloquei meu mandato a serviço de Cachoeira e sim a serviço das
forças produtivas do meu estado e do meu Brasil.”
Dizendo-se “envergonhado”, ele
informou que quer conversar com cada senador para pedir perdão. “Ainda não
conversei com todos os senhores e senhoras. Não tive a oportunidade de falar e,
quando tive, fiquei com vergonha.”
Para cassar o mandato de
Demóstenes, são necessários 41 dos 81 votos dos senadores. A votação em
plenário é feita de forma secreta. Antes de chegar ao plenário, o processo terá
que aguardar um intervalo de cinco sessões ordinárias do Senado, caso seja
aprovado na votação de quinta-feira na CCJ. Diante dessa exigência regimental,
a Mesa Diretora do Senado decidiu convocar sessões ordinárias para hoje e para
a próxima segunda-feira (9). O esforço é para que o julgamento de Demóstenes
ocorra antes do recesso parlamentar, previsto para começar em 17 de julho.
Com informações da Agência
Brasil para o site Redecol Brasil
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