Nesta semana, o projeto da
construção de um trem-bala ligando Brasília – Anápolis – Goiânia, que alguns
atrás foi amplamente repercutido na imprensa, foi retomado pela Superintendência
de Desenvolvimento do Centro-Oeste – SUDECO, que na próxima quinta-feira
(28/06) assinará um acordo para que seja produzido o Projeto Básico e o Estudo de
Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental – EVTEA, que nortearão a licitação
da linha.
O acordo técnico será assinado
no auditório da Agência Nacional de Transportes Terrestres – ANTT, em Brasília.
O antigo projeto de construção do Trem-Bala estava orçado em bilhões de reais e
para piorar, técnicos e especialistas em transportes levantavam muitos
questionamentos sobre a viabilidade técnica e econômica do projeto. Agora, a
SUDECO, pretende gastar na ordem de R$ 570 milhões na construção do Trem-Bala,
que diminuirá o tempo de viagem entre Brasília e Goiânia em uma hora.
Segundo a SUDECO, existem dois
modelos de transporte que estão sendo estudados, o primeiro seria o uso de
trens convencionais entre Brasília e Goiânia, outra proposta, seria a utilização
de Veículo Leve sobre Trilhos.
A distância entre as duas
principais cidades do Centro-Oeste é de aproximadamente 200 quilômetros, com a
implantação do trem-bala, que poderá trafegar a uma velocidade constante entre
140 km/h e 150 km/h, com apenas um ponto de parada em Anápolis, o tempo de
viagem seria de pouco mais de uma hora, hoje, quem trafega pela BR 060 leva
pelo menos o dobro deste tempo.
De acordo com Marcelo Dourado,
diretor superintendente da SUDECO, é fundamental que seja dado prosseguimento
ao projeto de construção do trem-bala, que será uma linha estratégica que
impulsionará o desenvolvimento do Centro-Oeste Brasileiro, ainda segundo
Marcelo, projeções do IBGE, apontam que a população do eixo Brasília-Goiânia,
saltará dos atuais 6,5 milhões, para 20 milhões em 2027.
“O Eixo
Brasília-Anápolis-Goiânia será a segunda maior conurbação (união física de
municípios) do País. É como se praticamente tivéssemos uma cidade apenas.
Só perdendo, obviamente, para o eixo Rio de Janeiro-São Paulo”, reforçou. Ao
lado do potencial populacional, estudos também apontam a tendência para a
formação do maior Produto Interno Bruto Regional (PIB) do Brasil.
“O Distrito Federal tem o maior PIB per capita da América Latina. São R$ 51 mil por habitante ao ano. O centro administrativo do País está aqui. Goiânia é o grande polo do agronegócio. No ano passado, Goiás cresceu em percentuais chineses, em torno de 7% a 8%. E Anápolis hoje é o segundo polo de fármacos (medicamentos) do País e caminha para ser o primeiro”, argumenta.
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