Balneário da Praia da Lajes |
A proposta de privatização do Balneário da Praia das Lajes vem causando muita polêmica em Cristalina. O balneário pertence ao município de Cristalina e é gerido pela prefeitura, no entanto, as pessoas que visitam o local, principalmente turistas de Brasília, reclamam da má conservação, falta de estrutura e segurança no balneário, além dos altos preços dos ingressos cobrados. É preciso que a sociedade cristalinense faça uma reflexão sobre o turismo no município, será que a cidade está realmente sendo preparada adequadamente para receber os visitantes?
Turisticamente falando, Cristalina não é uma cidade hospitaleira, ou seja, a cidade não está preparada para receber bem os turistas que a procura, não há investimento e nem interesse político em oferecer bens e serviços de melhor qualidade aos visitantes. De acordo com Mário Carlos Beni, autor do livro Análise estrutural do Turismo (2011), O “bem receber” se relaciona intimamente com a qualidade dos bens e serviços oferecidos no Turismo. Isto equivale a dizer que a qualidade oferecida no destino turístico vai influenciar diretamente no bom ou no mau atendimento ao turista.
Falta de infraestrutura e investimento
O balneário da Praia das Lajes que é o maior atrativo turístico de Cristalina, assim como ocorre em todo o município, precisa de investimentos públicos ou privados para melhorar sua infraestrutura geral, de modo que haja uma facilitação no acesso aos pontos turísticos, bom sistema hoteleiro, fácil deslocamento dos visitantes (transportadores ou locadoras de veículos), sistema de transporte e comunicação eficientes, capacitação dos profissionais que lidam com turistas e desenvolvimento de uma rede gastronômica do município que hoje não oferece muitas opções, dentre outros.
O que se observa hoje, é que, o balneário das Lajes funciona de forma precária, excetuando o período do carnaval, em que a prefeitura faz algumas melhorias, em geral, o local não oferece boa estrutura para receber os visitantes. As reclamações mais frequentes dizem respeito à falta de opções de alimentação, hospedagem e segurança dos frequentadores, também a limpeza dos banheiros, o mato alto nas áreas de camping, a falta de pessoal capacitado para receber os visitantes, os altos preços dos ingressos cobrados aos turistas e a falta de pavimentação do acesso ao balneário, além da falta de caixas eletrônicos, pousadas ou hotéis no local.
Acesse o site Guia de Cristalina clicando aqui e leia os comentários deixados por dezenas de pessoas sobre suas impressões a cerca do Balneário da Praia das Lajes. A constatação mais obvia é que, o município de Cristalina está deixando de atrair milhares de visitantes simplesmente por falta de investimento no turismo. Com isso, quem perde é a comunidade local, pois é sabido que o turismo hoje é uma das atividades que mais gera renda para um município, ajudando a desenvolver o comércio local, o setor hoteleiro, gastronômico e consequentemente movimentando a economia, gerando emprego e melhorando a renda da população.
Privatização do Balneário da Praia das Lajes
Pelas precárias condições de funcionamento e má gestão por parte da prefeitura, talvez a saída mais viável seja de fato a privatização do Balneário da Praia das Lajes, desde que, seja um processo feito dentro da mais pura transparência e lisura, em que a população cristalinense possa opinar publicamente se quer ou não, que o balneário seja entregue à iniciativa privada.
Hoje, a prefeitura de Cristalina administrar o Balneário da Praia das Lajes, no entanto, não há uma publicidade que mostre onde o dinheiro arrecadado no balneário é aplicado, será que o dinheiro arrecadado na Praia das Lajes só é suficiente para fazer a manutenção no local? São estas informações que precisam ser explicitadas à população e que certamente subsidiarão as decisões se o balneário é ou não rentável para o município. E você, concorda com a privatização do Balneário da Praia das Lajes?
2 Comentários
Eu sou totalmente a favor. Só esclarecendo, quem administra as lajes não é a prefeitura. É o Léo Attié que arrendou o local e faz o que quer e não presta contas de nada e deixou tudo acabar.
ResponderExcluirO ideal é um arrendamento com base em contrato limpo, claro e com a participação popular. 20 anos é um tempo bom, que permitirá ao concessionário fazer melhorias e ter lucro. Mas é preciso verificar as cláusulas e compromissos, os reajustes e adequação às normas públicas, para que não se transforme numa "posse".Indispensável a prestação de contas através de registros, já que, por ser concessão municipal deverá estar aberta à consulta popular, a qualquer momento. A pregeitura precisa dotar a cidade de outras melhorias (educação, saneamento, estradas, etc.)e o empreendimento sendo tocado de modo comercial será rentável para quem o lidera, para o município e principalmente para a população.
ResponderExcluir