Relatórios da Polícia Federal, divulgados pelo Jornal O Globo, revelam que o senador por Goiás, Demóstenes Torres (DEM) recebia dinheiro e vazava informações de reuniões oficiais à Carlinhos Cachoeira, suspeito de ser o chefe de uma quadrilha que explorava jogos ilegais em Goiás.
De acordo com o relatório, além de Demóstenes, os deputados, Carlos Leréia (PSDB-GO) e Sandes Júnior (PP-GO), mantinham relações suspeitas com Carlinhos Cachoeira.
A polícia federal investigou por três anos a ligação do senador Demóstenes Torres com Carlinhos Cachoeira, um dos trechos de uma gravação autorizada pela justiça, mostra o senador pedindo a Cachoeira R$ 3 mil para pagar despesas com táxi-aéreo, além disso, outro trecho do relatório, mostra que Demóstenes revelava à Cachoeira assuntos sobre reuniões reservadas que participava nos três poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário).
De acordo com a polícia, o senador mantinha contatos frequentes com Calinhos Cachoeira, para não levantar suspeitas, Demóstenes usava um aparelho Nextel (rádio), habilitado nos Estados Unidos, para falar com Cachoeira. As investigações da Polícia Federal, apontam também o deputado Carlos Leréia (PSDB-GO) usava uma aparelho Nextel para se comunicar com Cachoeira.
Os parlamentares vinham sendo investigados pela Polícia Federal desde 2009, e mesmo após enviar o relatório com as denúncias ao procurador-geral, Roberto Gurgel, nenhuma providência foi tomada. As investigações agora vieram à tona com a Operação Monte Carlo, realizada pela Polícia Federal, a sociedade espera que as denúncias sejam apuraras e os responsáveis punidos.
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