Brasil e Angola assinaram na última sexta-feira (23/03) um acordo para a construção de um cabo submarino com aproximadamente 6 mil quilômetros de extensão, que ligará as cidades de Fortaleza, no Brasil, a Luanda, capital de Angola.
O cabo de fibra ótica será utilizado para transmissão de dados, principalmente internet. Para o ministro Paulo Bernardo, a iniciativa vai reduzir os custos de conexão de telecomunicações entre os dois continentes, facilitar a aproximação cultural e os laços culturais entre ambos. A previsão de lançamento do cabo que ligará os dois países é até o primeiro semestre de 2014.
“O principal objetivo é reforçar os laços através da comunicação. Será um cabo com grande capacidade de transferência de dados e nós vamos ter a possibilidade de fazer um reforço na cooperação científica, na produção cultural, audiovisual, reforçar todo um laço comercial com Angola. Vai baratear muito os custos de comunicação entre os dois países, e por que não reforçar entre os dois continentes”, avalia Bernardo.
O vice ministro para as Telecomunicações de Angola, Aristides Safeca, destacou que o lançamento deste cabo submarino está entre os principais projetos desenvolvidos conjuntamente entre os dois países. “Não é apenas uma importância estratégica, mas também um interesse muito profundo de seus povos, que já são unidos pela língua, pela história comum, e que assim, com essa estrada aberta de alta capacidade e velocidade, poderão unir ainda mais sua cultura sua ciência, a criação de recursos humanos”, destacou o vice-ministro angolano.
Segundo o presidente da Telebras, o edital deverá ser lançado até junho próximo e o orçamento necessário ainda está em fase de análise. Bonilha disse ainda que estudo elaborado por uma consultoria internacional demonstrou a viabilidade da iniciativa. "É uma parceria estratégica entre duas empresas importantes destes dois países, viabilizando um rebalanceamento de tráfego internacional", salientou o presidente da Telebras.
A previsão da Telebras é de uma melhoria da performance e uma redução de cerca de 80% dos custos de saída de internet do Brasil e dos demais países da América do Sul para a Ásia e a África. Com a iniciativa, o tráfego destinado a esses continentes não terá mais que passar, obrigatoriamente, por Europa e Estados Unidos, como ocorre hoje.
Fonte: Ministério das Comunicações/Edição: Redecol Brasil
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