Neste sábado (26/11) a NASA – Agência Espacial dos Estados Unidos lançará o robô exploratório Curiosity rumo ao planeta Marte para tentar descobrir se já houve ou se há indícios de vida microscópica no Planeta Vermelho. O robô Curiosity carrega valiosos instrumentos de análises de compostos químicos e orgânicos, na verdade ele tem a bordo o Laboratório Científico de Marte – MSL, com equipamentos de última geração nunca antes enviado a outro planeta.
O jipe robô Curiosity custou 2 bilhões e meio de dólares, sendo muito mais avançado tecnológicamente do que seus antecessores enviados a Marte, Spirit e Opportunity. Para chegar ao Planeta Vermelho, o robô percorrerá mais de 9,65 milhões de quilômetros em aproximadamente 8 meses e meio de viagem.
Com 3 metros de comprimento e 2,1 metros de altura, o Curiosity pesa quase uma tonelada e será capaz de se locomover cerca de 160 metros por dia, podendo transpassar facilmente obstáculo com até 65 centímetros de altura. Veja foto abaixo:
Equipamentos a bordo
O Curiosity carrega o Laboratório Científico de Marte – MSL, com dez instrumentos altamente sofisticados e aptos a procurar, coletar e analisar os mais variados elementos quimicos que possam induzir uma provável existência de vida passada ou presente em Marte. O misterioso subsolo marciano será analisado com um laser, que fará um verdadeiro raio x das rochas, por meio de espectrômetro os gases serão analisados e os resultados enviados a Terra.
Outro objetivo do Curiosity é encontrar compostos de carbono, elemento essencial para a vida tal qual a conhecemos. Esse robô poderá mudar radicalmente a história da exploração espacial humana e finalmente reafirmar o que a maioria já sabe, não estamos sozinhos no universo.
Local de pouso
Curiosity analisando rochas marcianas |
A sonda robô Curiosity pousará na cratera marciana chamada de Gale, local onde os cientistas acreditam ter grandes depósitos de argila e sulfato em vários de níveis de solo, sendo um grande potencial de descobertas científicas. O objetivo maior não é encontrar vida, mas sim, sinais que demonstrem que água líquida já correu pelo vale e também de vida microbiana no passado. Veja imagem abaixo:
Imagem do Planeta Marte |
Uma explicação amplamente aceita, diz que, o núcleo de Marte se resfriou ao longo de milhões de anos, com isso, o campo eletromagnético que tem a função de proteger a atmosfera contra a radiação solar enfraqueceu, sem esse engenhoso sistema, a atmosfera do planeta foi aos poucos sendo ionizada para o espaço e como consequência, a água da superfície evaporou e o planeta virou um deserto seco e gelado, já que, sem atmosfera, não há o efeito estufa que mantém o calor do sol.
Daí surge outra dúvida, porque o núcleo de Marte esfriou e parou de gerar o campo magnético que protegia o planeta dos ventos solares? Aqui na Terra, o núcleo do planeta é muito ativo, gerando um forte campo eletromagnético que nos protege da radiação nociva do Sol. Conforme explica o site Wikipédia, a Terra recebe radiação de diferentes energias e origens do espaço, mas sua superfície está razoavelmente protegida por diversas camadas da atmosfera. A magnetosfera funciona como um escudo protetor de plasma, onde partículas carregadas são controladas pelo campo magnético que desvia a maior parte das partículas energéticas que chegam ao planeta. Um fluxo de radiação eletromagnética emitida pelo Sol chega à Terra constantemente e sofre influência do campo geomagnético e da atmosfera terrestre, que impedem que o planeta seja atingido diretamente e fazendo com que o vento solar flua em torno do campo.
Essas são questões que ainda precisam de respostas e é isso que o robô Curiosity busca. É consenso de toda a comunidade científica que em algum momento da história já houve vida em Marte, há teorias que sugerem que vida na Terra pode ter se originado no Planeta Vermelho, já que, cometas e meteoros que se chocaram com Marte, jogando grande quantidade de rochas do planeta no espaço, podem ter caído na Terra, trazendo a semente da vida.
1 Comentários
legal
ResponderExcluir