O ministro da Casa Civil, Antônio Palocci, não aguentou a pressão e pediu demissão do cargo na tarde desta terça-feira (07/06). A presidente Dilma por meio de uma nota disse que aceitou o pedido de Palocci e que lamenta a saída do seu colaborador. Dilma não perdeu tempo e convidou a senadora Gleisi Hoffmann para ocupar o cargo vago.
A situação de Palocci começou a se complicar depois que o Jornal Folha de S.Paulo revelou que o patrimônio do então deputado cresceu em 20 vezes entre 2006 e 2010. Em 2010, Palocci comprou um apartamento em São Paulo pelo valor de R$ 6,6 milhões. A evolução patrimonial não é condizente com os salários de um deputado, Palocci então disse que o dinheiro extra vinha de consultorias que ele prestou a empresas privadas, porém não quis dizer para quais empresas trabalhou e nem quanto recebia pelas consultorias.
Outra coisa também que não ficou muito claro era como o deputado Palocci conseguia conciliar os trabalhos como deputado, consultor e ainda articulador da campanha presidencial do PT em 2010. Outra suspeita levantada era de que ele se aproveitava do fato de ter sido ministro da fazenda para fazer tráfico de influência e obter vantagens pessoais nas consultorias.
Quem é a nova ministra da Casa Civil
senadora Gleisi Hoffmann/Agência Senado |
Gleisi disputou uma vaga para o Senado em 2006 e concorreu à prefeitura de Curitiba em 2008, mas só no ano passado conquistou a primeira vitória nas urnas. Em 2010, na segunda vez que disputou o cargo de senadora, ela conseguiu eleger-se como a mais votada no estado (3.196.468 votos), juntamente com Roberto Requião.
Ela foi diretora financeira da Itaipu Binacional e secretária de Gestão Pública de Londrina (PR) e de Reestruturação Administrativa de Mato Grosso do Sul. É advogada e tem 45 anos.
Veja a nota oficial divulgada pela Casa Civil sobre a saída de Palocci:
"O ministro Antonio Palocci entregou, nesta tarde, carta à presidenta Dilma Rousseff solicitando o seu afastamento do governo. O ministro considera que a robusta manifestação do Procurador Geral da República confirma a legalidade e a retidão de suas atividades profissionais no período recente, bem como a inexistência de qualquer fundamento, ainda que mínimo, nas alegações apresentadas sobre sua conduta. Considera, entretanto, que a continuidade do embate político poderia prejudicar suas atribuições no governo. Diante disso, preferiu solicitar seu afastamento."
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