Dilma Rousseff é presidente ou presidenta do Brasil?


Pela primeira vez na história, uma mulher assume o cargo mais importante do Brasil, Dilma Rousseff é a nova presidente do país, ou seria presidenta? Um artigo (cujo autor é desconhecido) vem fazendo sucesso na Internet, ele promete sanar essa dúvida, leia e diga se você concorda com a explicação:
No português existem os particípios ativos como derivativos verbais. Por exemplo: o particípio ativo do verbo atacar é atacante, de pedir é pedinte, o de cantar é cantante, o de existir é existente, o de mendicar é mendicante... Qual é o particípio ativo do verbo ser? O particípio ativo do verbo ser é ente. Aquele que é: o ente. Aquele que tem entidade.
Assim, quando queremos designar alguém com capacidade para exercer a ação que expressa um verbo, há que se adicionar à raiz verbal os sufixos ante, ente ou inte.

Portanto, à pessoa que preside é PRESIDENTE, e não "presidenta", independentemente do sexo que tenha. Se diz capela ardente, e não capela "ardenta"; se diz estudante, e não "estudanta"; se diz adolescente, e não "adolescenta"; se diz paciente, e não "pacienta".
Um bom exemplo do erro grosseiro seria:

"A candidata a presidenta se comporta como uma adolescenta pouco pacienta que imagina ter virado eleganta para tentar ser nomeada representanta. Esperamos vê-la algum dia sorridenta numa capela ardenta, pois esta dirigenta política, dentre tantas outras suas atitudes barbarizentas, não tem o direito de violentar o pobre português, só para ficar contenta".

1 Comentários

  1. Se todos aqueles que se queixam da forma "presidenta" tivessem ao menos aberto o Aurélio ou o Houaiss, descobririam que esse vocábulo é palavra dicionarizada; além disso, é TAMBÉM normatizada por todos os principais gramáticos brasileiros, como Evanildo Bechara, Celso Luft, Cegalla, Rocha Lima, Sacconi e inclusive o professor Pasquale Cipro Neto, pra citar alguém que os leigos apreciam muito. O Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa também oficializa o vocábulo "presidentA". Duvidam? Abram os livros e DESCUBRAM. Vão confirmar tudo isso.

    Sejam humildes e procurem se informar em vez de emitirem juízos de valor que não encontram amparo na gramática contemporânea. Sempre há tempo, nunca é tarde.

    Se ainda assim continuarem teimando, vale a pena citar aqui as palavras de Britto (1997):

    "É muito interessante perceber [...] como funciona o raciocínio normativo: enquanto elemento de legitimação de sua visão estreita de língua, as fontes gramaticais podem servir de argumento e autoridade; mas, no momento em que contestam este princípio, elas se tornam ilegítimas."

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