Auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU) aponta indícios de desvio de recursos federais pelo governo do Distrito Federal que ultrapassam R$ 100 milhões. Em três meses de auditoria, a CGU identificou mais de 170 irregularidades nas áreas de educação, saúde e obras. Além de desvio de recursos, há indícios de pagamentos por obras não realizadas, superfaturamento, beneficiamento de empresas privadas e fraudes em licitações.
De acordo com o ministro-chefe da CGU, Jorge Hage, o resultado do trabalho acende uma “luz vermelha” na administração dos recursos federais pelo GDF. O relatório da CGU pode ser consultado na internet.
“Trata-se de uma situação que eu classificaria como grave. Isso porque, em um período relativamente curto, de três meses de trabalhos, nós encontramos problemas em praticamente todas as áreas investigadas”, avaliou Hage, que entregou hoje (5), pela manhã, o relatório da auditoria ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.
“O presidente reagiu como todos nós ao receber o resultado do trabalho. Ele teve uma reação de preocupação com a gravidade da situação. Depois ele me perguntou quais seriam os próximos passos e eu respondi que são, ao mesmo tempo, a continuidade e o aprofundamento do trabalho, porque muita coisa aqui requer o instrumental de investigação para confirmar as nossas suspeitas”, informou.
“O presidente reagiu como todos nós ao receber o resultado do trabalho. Ele teve uma reação de preocupação com a gravidade da situação. Depois ele me perguntou quais seriam os próximos passos e eu respondi que são, ao mesmo tempo, a continuidade e o aprofundamento do trabalho, porque muita coisa aqui requer o instrumental de investigação para confirmar as nossas suspeitas”, informou.
Hage pediu uma reunião com o ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, para solicitar a abertura de novos inquéritos pela Polícia Federal para apurar as irregularidades. Um exemplo, citado pelo ministro, que requer novas investigações, além da Operação Caixa de Pandora, está na área de educação. Empresas citadas no inquérito da Polícia Federal também foram recebedoras de recursos federais que ultrapassam R$ 320,7 milhões.
“O que dá para perceber é que o volume de recursos recebidos por essas empresas não é só aquele que está citado no inquérito da Polícia Federal, decorrente da Operação Caixa de Pandora. O que nos chamou mais a atenção foi também o crescimento da destinação de recursos nesse período [administração do governador cassado José Roberto Arruda]. A auditoria revela um crescimento de 350% se compararmos o biênio 2006/2007 com o biênio 2008/2009."
“O que dá para perceber é que o volume de recursos recebidos por essas empresas não é só aquele que está citado no inquérito da Polícia Federal, decorrente da Operação Caixa de Pandora. O que nos chamou mais a atenção foi também o crescimento da destinação de recursos nesse período [administração do governador cassado José Roberto Arruda]. A auditoria revela um crescimento de 350% se compararmos o biênio 2006/2007 com o biênio 2008/2009."
Fonte: Agência Brasil
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