O Google poderá deixar a China por causa da forte censura que a Internet sofre no país asiático por parte do governo local e principalmente pelos constantes ataques virtuais aos serviços do Google e que aparentemente são patrocinados pelas autoridades chinesas.
Em um comunicado divulgado pelo Google nesta semana, David Drummond, vice-presidente sênior de desenvolvimento corporativo da gigante da Internet, afirmou: “Temos evidências que sugerem que o principal objetivo dos invasores era acessar as contas do Gmail de ativistas chineses de direitos humanos”. “Como parte dessa investigação, mas independente do ataque ao Google, descobrimos que as contas do Gmail de dezenas de americanos, chineses e europeus que defendem os direitos humanos na China parecem ter sido acessadas por terceiros”. "Estes ataques e a vigilância que revelaram, combinados com tentativas durante um ano para limitar a livre expressão na web, levaram-nos a concluir que deveríamos rever a viabilidade das nossas operações na China". Classificando o ataque sofrido de "sofisticado e direcionado", porém não chegou a acusar o governo chinês.
Como acontece aqui no Brasil, o número de internautas chineses não pára de aumentar, estima-se que mais de 350 milhões de pessoas tem acesso à Internet no país, que tem um mercado on-line que movimenta mais de US$ 1 Bilhão por ano. Porém, diferentemente do nosso país, o governo chinês estabelece rígidas regras de censura na Internet, os buscadores (Google search, yahoo, etc) não podem mostrar em suas pesquisas sites de discussão, páginas que aborda temas delicados referentes ao governo chinês, como a opressão, violência das autoridades, a independência do Tibet e uma gama gigantesca de assuntos que poderiam mostrar a realidade do que acontece na China.
O Google está muito irritado com a postura do governo chinês, um dia depois de ter anunciado que poderá deixar a China, as buscas no Google.cn já mostravam imagens e sites que até então eram bloqueados por imposição do governo. Para tentar resolver o impasse, o governo da China irá se reunir com os representantes do Google, se os filtros e principalmente os ataques ao motor de buscas continuarem o Google.cn deixará a China e com isso quem perde são os reprimidos cidadãos chineses.
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