Energia Instável em Cristalina


Segundo dados da Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento de Goiás – Seplan, o Produto Interno Bruto – PIB de Cristalina em 2007 foi de R$ 652 milhões, sendo o mesmo,  o segundo maior do Entorno de Brasília, ficando atrás somente de Luziânia. O município tem o maior PIB agrícola do Estado e o nono do Brasil. Em nossas terras são explorados 634 mil hectares, sendo 43,7  mil destinados à irrigação das mais variadas culturas, segundo dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Cristalina possui a maior área irrigada por pivô central da América latina, o que permite a produção de alimentos durante todo o ano.

Com tantos pivôs em funcionamento, aumenta a demanda por energia elétrica e conseqüentemente de investimentos para melhoria do sistema de distribuição e fornecimento que hoje é precário e está no seu limite, inclusive uma das grandes queixas dos irrigantes é em relação aos constantes picos de energia que ocorrem várias vezes ao dia, ocasionando muitas vezes queima de equipamentos e muito prejuízo aos agricultores. Essa situação além dos transtornos causados, prejudica também a instalação de novos pivôs, freando o desenvolvimento de Cristalina.
A demanda por energia elétrica no município deverá aumentar ainda mais em 2010, já que três grandes indústrias entrarão em operação (Incotril, Fugini e Bonduelle), como bem frisou em uma análise realizada pelo site Cristalina Vip a respeito da industrialização de Cristalina e os desafios que temos pela frente, “Agora, além de produzir, Cristalina industrializará o que produz em abundância. As três fábricas que virão transformarão verduras e legumes em molhos e conservas. Há necessidade urgente de se resolver o problema elétrico na cidade, aumentando-se a oferta e corrigindo falhas no sistema. Se falta energia para a situação atual, imagine o que acontecerá com a chegada dos grandes consumidores. E isso tem que ser feito já, para que não haja comprometimento da produção.” Enio Dionatam.


Recentemente a Revista do Crea-Go, fez algumas dessas indagações junto a CELG, que reconheceu e justificou de forma técnica a instabilidade no fornecimento de energia em Cristalina e disse que será feita a construção de uma nova linha de transmissão com

138 KV, que sairá da subestação Rio Vermelho em Luziânia para Cristalina, com cerca de 70 quilômetros de extensão e que a conclusão da obra está prevista para o primeiro trimestre de 2010. Será ainda construída  uma subestação de 34,5 KV em Cristalina, assim, o fornecimento de energia no município será mais condizente com a situação atual. Para reforçar a nossa capacidade elétrica e permitir que Cristalina esteja pronta para receber grandes projetos industrias, bem como aumentar sua produção agrícola, está sendo construída uma usina hidrelétrica no Rio São Marcos, entre os municípios de Cristalina e Paracatu em Minas Gerais, denominada Usina Batalha, que também terá uma linha de transmissão para Cristalina.
Acredito que quando essas medidas estiverem efetivadas, que sejam realizadas o mais rápido possível, o número de interrupções e a duração das mesmas ocorrerão com menos freqüência, beneficiando não só os agricultores, empresários e as futuras indústrias, mas também toda população cristalinense.

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