Dirigir parece fácil. É basicamente conseguir fazer com que o veículo em que estamos sentados no papel de motoristas se mova para frente (ou para trás em eventuais ocasiões), sem bater em nada. Mas uma coisa a vida nos ensina: não confie em nada que pareça fácil. Caso contrário à frase “se a esmola é demais o santo desconfia” não teria o menor significado prático. Tudo começa a se complicar quando entendemos que para sairmos do lugar com o tal veículo, devemos dominar três pedais (freio, embreagem e acelerador), com apenas “dois pés”.
Percebemos que para lidarmos com esses pedais não basta apenas pisarmos neles, mas temos de fazer isto em seqüências alternadas, coordenadas e de forma impensada, pois se pensarmos muito não dará tempo de evitar o acidente no qual estávamos justamente tentando achar um meio de impedir. Contudo, os pedais são apenas parte da complexa cadeia de instrumentos do veículo que devemos manusear.
Outro complicador é a caixa de câmbio. Temos que saber qual marcha usar em cada situação, não esquecendo nunca de utilizar os pedais de forma sincronizada com a referida marcha para que a mesma funcione. Passamos de seres humanos a malabaristas de mãos e pés. Utilizando nossos membros em equipe na esperança de que eles saibam o que estão fazendo. Mas não é só isso. Devemos ter senso de direita e de esquerda, e para provar aos demais motoristas que possuímos este domínio, precisamos acionar o pisca-pisca na direção em que gostaríamos de virar o carro. Com um detalhe: se vamos para direita, a alavanca do pisca não vai para direita e sim para cima, e se quisermos ir para esquerda devemos movê-la para baixo. Necessitamos saber diferenciar a dita alavanca de outras que ficam espalhadas ao redor do volante, como por exemplo, a alavanca do limpador de pára-brisa. Salvo se o limpador for acionado por botões, ou outro dispositivo qualquer (Calma, se você é um aspirante a motorista não desista ainda, pois tudo tende a piorar).
Percebemos que para lidarmos com esses pedais não basta apenas pisarmos neles, mas temos de fazer isto em seqüências alternadas, coordenadas e de forma impensada, pois se pensarmos muito não dará tempo de evitar o acidente no qual estávamos justamente tentando achar um meio de impedir. Contudo, os pedais são apenas parte da complexa cadeia de instrumentos do veículo que devemos manusear.
Outro complicador é a caixa de câmbio. Temos que saber qual marcha usar em cada situação, não esquecendo nunca de utilizar os pedais de forma sincronizada com a referida marcha para que a mesma funcione. Passamos de seres humanos a malabaristas de mãos e pés. Utilizando nossos membros em equipe na esperança de que eles saibam o que estão fazendo. Mas não é só isso. Devemos ter senso de direita e de esquerda, e para provar aos demais motoristas que possuímos este domínio, precisamos acionar o pisca-pisca na direção em que gostaríamos de virar o carro. Com um detalhe: se vamos para direita, a alavanca do pisca não vai para direita e sim para cima, e se quisermos ir para esquerda devemos movê-la para baixo. Necessitamos saber diferenciar a dita alavanca de outras que ficam espalhadas ao redor do volante, como por exemplo, a alavanca do limpador de pára-brisa. Salvo se o limpador for acionado por botões, ou outro dispositivo qualquer (Calma, se você é um aspirante a motorista não desista ainda, pois tudo tende a piorar).
Ao se pensar em pegar à estrada, manipulando três pedais com dois pés, dominando as tais alavancas, os botões e demais dispositivos do painel e sabendo os caminhos tortuosos que fazem as marchas serem engatadas, a pessoa pode então se concentrar em dirigir. Isto consiste simplesmente em ir pisando no acelerador, enquanto se olha pelo retrovisor lateral esquerdo, lateral direito, retrovisor traseiro, cuidando do marcador de velocidade, e... Meu Deus! Olha para frente!
Enfim, para que possamos ser bons motoristas, devemos ter em mente que mesmo que não sejamos alienígenas de três pernas, quatro braços, e com olhos atrás da nuca, o maior complicador para conseguirmos ir bem no trânsito não é o pedal, a alavanca, o câmbio, ou outro mecanismo qualquer do carro. A principal peça que causa problemas e que deve ser bem verificada antes de alguém assumir o volante é a sua própria cabeça. Pois é ali que reside o senso de prudência, a consciência, o respeito, a atenção e a educação entre outros tantos fatores importantíssimos para se dirigir bem. Sem isso, qualquer passeio de domingo pode transformar-se em uma tragédia, muitas vezes fatal, guiando o pretenso motorista a um caminho sem volta.
(Autor: Antonio Brás Constante)
Fonte: Overmundo
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