Veja abaixo, um artigo super interessante publicado pelo brilhante profissional do rádio, Gabriel Passajou, onde ele fala da importâcia que uma vinheta tem para uma emissora de rádio e os erros comuns cometidos, principalmente pelos locutores, confira a matéria na íntegra:
Vinheta é a “imagem” da rádio. Basicamente é ela que a diferencia da concorrência. A plástica (conjunto de vinhetas cantadas, faladas, trilhas e chamadas) mostra para o ouvinte imediatamente se a emissora é moderna e dinâmica ou se parece feita em um fundo de quintal.
O radialista precisa entender que a vinheta sempre deve estar em evidência. O motivo é simples: Ela é o principal instrumento da emissora para divulgar o slogan e(a) frequência e claro, o nome da estação. Toda a vez que algo interfere nesse processo, o ouvinte está deixando de memorizar em que rádio está sintonizado. E não queremos que isso aconteça, certo?
Segue agora algumas situações que JAMAIS devem acontecer. Notem que o JAMAIS foi usado propositalmente em maiúsculas.
01) Não fale sobre a vinheta.
Dois objetos não ocupam o mesmo lugar no espaço. É o mesmo caso com a sua voz e a vinheta. Se você não está falando sobre um trilha musical, destinada especificamente para isso, não o faça sobre a vinheta.
O que fazer? Entre imediatamente APÓS vinheta. Só isso. Não é simples?
Por exemplo, se a saída de break for assim: “DI-FU-SO-RA-EFE-EMEEEEE”! Não comece a falar “34511007, o telefone da sua Difusora FM” no meio da vinheta. O ouvinte não vai entender qual é o telefone da rádio e nem em qual emissora está ele ligado.
02) Não cante sobre a vinheta.
Neste momento estou de joelhos, pedindo a você: Não faça isso! Se você for desafinado (e normalmente é) piora ainda mais. Existe uma razão pelo qual são cantores profissionais cantando a vinheta e não você. Eles são cantores e você, locutor. Parece óbvio? É sim, mas vocês se surpreenderiam a quantidade de vezes que isso acontece no ar.
Está de alto astral? Manhã de sol? Telefone bombando? O break está acabando e vai entrar a vinheta mais animada da rádio e depois a música mais pedida da programação? Você enche o pulmão de ar e vai entrar cantando junto com aquela voz de karaokê? Martele o dedo, pense na derrota do seu time, na multa de trânsito que você ainda não pagou… Em resumo: Baixe a bola e CONTENHA-SE!
03) Não coloque a vinheta com istrumental em cima da música.
Vinheta é para ser colocada ENTRE as músicas e não em cima dela. Se você tentar este “artifício”, vai provocar um efeito desagradável para os ouvintes. As batidas irão se chocar e o que era por exemplo um rock vai virar um samba. Isso passa a sensação (ou certeza) que você não se preparou para entrar no ar, escolhendo a primeira vinheta da sua frente.
Lembre-se, depois de fechar o microfone, você deve planejar com detalhes a sua próxima intervenção. Escolhendo quais vinhetas usar, o que e como falar. Os melhores fazem assim.
04) Não inserir uma vinheta acapela sobre a música.
Você anuncia na introdução da música e ao mesmo tempo pensa: “Vai sobrar 5 segundos, vou tocar uma acapela e o artista vai cantar logo após. Vai ficar bonito.” Ótimo. Você só esqueceu dois detalhes: Ritmo e tonalidade. Digamos que a batida da música está em 122 bpms (batidas por minuto) e a acapela tem 98. Parece lógico que a a combinação das duas não vai dar certo, não é? E ainda, se a nota predominante entre as duas for diferente (e sempre é), vai passar a impressão que a vinheta está desafinada em relação a música pois não soa natural. Nesse caso , use uma vinheta falada.
05) Não esconda a vinheta.
Às vezes, o volume da vinheta está tão baixo que é difícil perceber o seu uso. Isso acontece por duas ocasiões. As músicas hoje são praticamente masterizadas no máximo, o que encobre uma vinheta mal gravada. Ou então o locutor não tem o cuidado de destacar a vinheta de forma apropriada, usando-a em volume muito baixo. Vinheta é o destaque e não detalhe. Mostre com orgulho a rádio que você trabalha.
Fonte: Blog do Gabriel Passajou
Quer divulgar esta matéria, não esqueça a fonte: http://www.redecol.com.br/
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