Nos fornos eram queimadas espécies nativas do Cerrado, como sucupira e pequizeiro, com o objetivo de produzir carvão para indústrias siderúrgicas da região. Por ano, 100 hectares de vegetação nativa eram destruídos nos 19 fornos, segundo cálculos do Ibama.
O proprietário da fazenda, Sebastião Pinto Brandão, foi autuado em flagrante por crime ambiental e levado para a delegacia da cidade. O Ibama também aplicou multa, mas de apenas R$1 mil, porque no momento da apreensão só havia um forno em funcionamento.
A carvoaria existia desde 2005, mas a última licença ambiental venceu há cerca de dois anos. O faturamento estimado é de R$ 14 mil por mês.
Minc, que pela terceira vez participa de ações em campo no Cerrado, disse que o combate ao desmatamento e aos crimes ambientais no bioma será mais rigoroso. "A guerra no Cerrado vai ser pesada. O carvão, por exemplo, é uma atividade pulverizada, intermediária, que vai abrindo espaço para os pastos", disse.
Segundo ele, o Ministério do Meio Ambiente estuda exigir certificação para o carvão vendido ao consumidor, com garantia de origem legal da madeira.
O ministro disse ainda que irá estender ao Cerrado a restrição de crédito agrícola para quem não cumprir critérios ambientais, que já está em vigor na Amazônia. A medida, que depende de assinatura de decreto pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, valerá para os 60 municípios que mais desmataram o Cerrado. Quase metade da vegetação nativa do bioma já foi derrubada.
Foto: Wilson Dias/Abr
Fonte: Agência Brasil
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