Estádio Nacional de Brasília, junho de 2012. Foto: Glauber
Queiroz/ME
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Depois que o operário José
Afonso de Oliveira, de 21 anos de idade, morreu ao cair de uma altura de 27
metros enquanto trabalhava nas obras do Estádio Nacional Mané Garrincha, em
Brasília na última segunda-feira (11/06), os mais de três mil operários em
protesto pela morte do colega e por melhores condições de trabalho resolveram
cruzar os braços.
No entanto, o Consórcio
Brasília 2014, responsável pela construção do estádio, afirmou em nota que os
operários foram liberados na terça-feira (12/06) para que a perícia que
investiga as causas do acidente pudesse ser realizada.
O operário José Afonso de
Oliveira trabalhava a cerca de 30 metros de altura, numa parte da obra chamada
de anel de compressão, e de acordo com testemunhas, ele usava todos os
equipamentos de segurança na hora do acidente, porém, não souberam dizer se o
cinto de segurança estaria prezo em alguma estrutura. O corpo de bombeiros
tentou reanimar o operário por cerca de 40 minutos, mas ele não resistiu aos
ferimentos e morreu no local.
O Consórcio Brasília 2014 e o
GDF lamentaram por meio de nota o falecimento do operário e lembraram que pouco
tempo atrás, a obra do estádio ganhou o certificado AS 8000, como exemplo de
responsabilidade social junto aos trabalhadores. O GDF disse que adotará todas
as providências que se fizerem necessárias para apurar os fatos, bem como de
apoio à família da vítima.
Nesta quarta-feira (13/06),
fiscais do Tribunal de Contas do Distrito Federal, fizeram uma vistoria nas
obras do estádio Nacional de Brasília com o objetivo de investigar o custo dos
insumos (materiais e serviços) e também se as normas de segurança estão sendo
cumpridas no local, bem como as condições de trabalho oferecidas aos operários.
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